Falta exatamente um ano, 365 dias, para se ter início, no Rio de Janeiro, dos Jogos Olímpicos de 2016. O que se vê na capital fluminense é um verdadeiro canteiro de obras. As autoridades afirmam que a maratona de construções transcorre em ritmo satisfatório e que todas as obras serão entregues a tempo.
Ao todo os jogos vão custar para os cofres públicos cerca de R$ 38 bilhões de reais. 24 bilhões serão só para obras, que prometem deixar um legado para cidade, por meio de 27 projetos que tem como principal aquisição a mobilidade urbana. Mas a grande preocupação está em torno dos projetos ambientais. O principal deles era o de se tratar 80% do esgoto que chega à Baía de Guanabara. O prazo da entrega foi estendido para 2030.
Ao que tudo indica, um dos grandes legados que ficará para a cidade será o aumento do número de leitos em hotéis, o que deve gerar mais empregos. São esperados mais de um milhão de turistas visitando a cidade, e, por isso, a capacidade hoteleira deve no mínimo, ser dobrada. A grande preocupação dos trabalhadores do grupo Turismo e Hospitalidade é se haverá uma qualificação profissional para o período da realização do evento, promessa não cumprida a tempo pelo Governo para a Copa do Mundo de 2014 da Fifa.
E por isso a pergunta que fica é: qual será o legado dos jogos olímpicos Rio 2016 para os trabalhadores? O comitê dos jogos estipula que 85 mil pessoas serão contratadas e 45 mil serão reaproveitados para os jogos paraolímpicos.
O presidente da CONTRATUH, Moacyr Roberto Tesch Auersvald, visitou o parque olímpico e demonstrou preocupação em relação às contratações que serão feitas, além de ressaltar a importância de se firmar um compromisso pelo trabalho decente nas olímpiadas 2016. “ É preciso garantir que essas pessoas tenham direito a condições dignas de trabalho, principalmente em relação ao efetivo que será contratado para o setor de acomodação, que é caso das camareiras, que terão que manter os 3.600 quartos que os atletas ficarão hospedados limpos a cada dia” afirmou.
A diretoria da CONTRATUH defende ainda que é preciso estabelecer as diretrizes para as relações trabalhistas em razão da realização dos jogos, assim como a promoção de campanha relativa ao trabalho decente, com destaque para o combate ao trabalho infantil e exploração sexual.
Fonte: Contratuh