Em reunião quinta-feira (19/3) no Ministério da Previdência Social, em Brasília, com os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Carlos Gabas (Previdência Social) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego), dirigentes das centrais sindicais cobraram do governo agilidade nas negociações das Medidas Provisórias (MPs 664 e 665).
A partir da próxima semana, governo federal e representante dos trabalhadores (as) começará a debater com o Congresso Nacional o assunto. “Com a instalação das comissões especiais pelo Congresso Nacional, o diálogo adquire outra qualidade. A mesa tripartite será instalada e as negociações se darão neste ambiente”, afirmou o ministro Rossetto.
Clemente Ganz Lúcio, diretor Técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, apresentou as propostas do movimento sindical que consiste em a Previdência Social agilizar as negociações sobre o Fator Previdenciário; máxima urgência para reabrir as discussões sobre o PPE – Programa de Proteção ao Emprego em vários seguimentos produtivos e definição da tabela do Imposto de Renda sobre a Participação dos Lucros ou Resultados (PLR).
O diretor Nacional de Organização Sindical da Nova Central, Geraldo Ramthun ressaltou que na reunião anterior as centrais apresentaram ao governo, um conjunto de propostas que tratam da previdência social, do aperfeiçoamento de regras de acesso ao seguro-desemprego e aprimoramento do serviço público de intermediação de mão de obra e, principalmente, falou do desemprego no setor da construção civil.
Afirmou que neste momento enfrentamos um momento crítico devido os efeitos da Operação Lava Jato. E que muitas empreiteiras passam por dificuldades financeiras e atrasam o pagamento de fornecedores e causam desemprego no setor. “Para se ter uma ideia, nos últimos 5 meses mais de 250 mil funcionários perderam seus empregos”, disse.
Os nomes dos presidentes e relatores de cada comissão foram definidos nesta quinta-feira (19/3) e anunciados em encontro das centrais com os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Carlos Gabas (Previdência Social) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego). O encontro ocorreu no Ministério da Previdência Social, em Brasília.
O ministro Rossetto afirmou que o governo acolheu as propostas e vai organizar para a próxima semana “um intenso diálogo com as entidades nas comissões mistas na Câmara”, tendo como referência o documento apresentado pelas centrais.
Para Ramthun, o acolhimento das propostas trará resultados que beneficiam inclusive a juventude, que, segundo Ramthun, é a mais prejudicada pela rotatividade nas empresas. “É urgente pensar questões como estas. Principalmente sobre a empregabilidade dos jovens. Isto diminuiria a informalidade”.
Estiveram presentes na mesa de diálogo, representantes de seis centrais sindicais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
FONTE: http://www.ncst.org.br/subpage.php?id=18675_8203-centrais-cobram-agilidade-nas-negocia-es-sobre-as-mps-664-e-665.html