Patronais insistem em conceder reajuste indecente aos trabalhadores hoteleiros

A intransigência e insensibilidade do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação do Maranhão (SEHAMA) foram marcantes na audiência com a diretoria do Sindehotéis gestão “Fortalecendo a Luta”, realizada na manhã desta sexta-feira (15), no Ministério Público do Trabalho (MPT), situado no loteamento Jaracaty.

O sindicato patronal iniciou a negociação com a proposição indecente de 5% de reajuste, e terminou a audiência propondo um percentual de 6%, muito aquém do reivindicado pelos trabalhadores e do valor inflacionário atual. Prontamente, a entidade sindical hoteleira rejeitou a proposta.

Os trabalhadores pleiteiam um reajuste de 10%. No entanto, para flexibilizar as negociações apresentaram uma proposta de 9,5%. Mesmo assim, os empresários não acataram. Os patronais insistiram na justificativa infundada de crise financeira que o país atravessa. Vale destacar que o período junino foi muito lucrativo aos patronais.

O presidente do Sindehotéis, Luiz Henrique Pereira da Silva, pós reunião, disse que não houve avanço nas negociações, e reforçou que 9,5% de acréscimo no salário é um percentual abaixo da inflação e não é uma proposta que atenda às necessidades da classe hoteleira. Mas, frisou que a diretoria tem pressa em chegar a um acordo, que tenha a menor perda possível aos trabalhadores.

O sindicato patronal não aceitou o percentual e requereu a suspensão da audiência para levar a proposta à assembleia de sua categoria. O Ministério Público do Trabalho concedeu prazo até o dia 5 de agosto para que os empresários se posicionem favorável ou não à proposta apresentada pela entidade representativa da categoria, que foi de 9,5%.

“A audiência não foi como a gente esperava. O patronal insiste em falar da dificuldade financeira atual; não pensando que o trabalhador também tem suas dificuldades. Não tendo sua reposição salarial, o poder de compra do trabalhador acaba sendo reduzido e isso nos preocupa”, comentou o presidente do Sindehotéis Luiz Henrique.

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Vale ressaltar que as negociações seguem, de forma exaustiva, desde o mês de fevereiro. Já houve várias reuniões com o patronal mas não há um consenso e consciência por parte dos empresários. Os trabalhadores estão sem reajuste e sem reposição da inflação do período.

A diretora financeira do Sindehotéis, Ana Mendonça, também lamentou e destacou a resistência do sindicato patronal em relação à proposta encaminhada pelos trabalhadores.

“Os trabalhadores não têm culpa e não podem pagar uma conta que não é sua. O salário da categoria está defasado desde 1º de maio. Nós já estamos no segundo semestre, e até agora nada foi definido. O patronal precisa observar que o trabalhador precisa de um salário digno para sobreviver”, ressaltou a diretora Ana Mendonça.

Também esteve presente do Sindehotéis, a vice-presidente Magali Pinto Barbosa, o 2° Tesoureiro José Benedito Castelhano Fonseca, a diretora Social Maria Raimunda Martins, além dos assessores jurídicos, Dr. Marco Aurélio de Melo Carneiro e Dra. Celeste Braga.

Ato

O presidente do Sindehotéis lembrou que o dia do trabalhador hoteleiro está chegando, dia 12 de agosto, e lastimou que as negociações ainda não cessaram e o reajuste ainda não foi concedido.

O presidente Luiz Henrique declarou ainda, que a categoria precisa de uma resposta, e caso isso não aconteça, será organizada uma grande mobilização em virtude do dia dos hoteleiros e em função também da intransigência do patronal.

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