O Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação do Maranhão (SEHAMA) deixou claro, mais uma vez, a falta de respeito com seus trabalhadores, que diariamente se esforçam e se desdobram para oferecer um serviço de qualidade e proporcionar lucros generosos aos seus patrões. Como recompensa por tanta dedicação, os trabalhadores recebem a desvalorização e a ingratidão dos seus patrões, que só pensam em lucros e mais lucros.
Prova dessa postura reprovável, foi a ausência dos representantes do SEHAMA na audiência do dia 13 de outubro, agendada e registrada em ata no último encontro entre o patronal e o Sindehotéis, no Ministério Público do Trabalho (MPT). Os patrões alegaram que não foram comunicados sobre o novo encontro, mas a versão é descabida, pois a nova reunião foi consentida por ambas as partes.
O presidente do Sindehotéis, gestão “Fortalecendo a Luta”, Luiz Henrique Pereira da Silva, repudiou a atitude desrespeitosa do SEHAMA. “Saímos, mais uma vez, de uma mediação que não foi concluída devido à intransigência e falta de compromisso do patronal com sua categoria e mão-de-obra. É um descaso do patronal. Fica aqui nossa nota de repúdio à direção do sindicato patronal, tendo em vista a falta de respeito com seus trabalhadores. A situação está insustentável. Já estamos há cinco meses trabalhando sem reajuste salarial, mas o patronal não parece estar preocupado com seus trabalhadores”, declarou.
A diretora do Sindehotéis Ana Mendonça também reprovou a ausência do patronal e reforçou que a luta continua. “Quero deixar minha indignação com relação à audiência de hoje, que estava agendada. O patronal se justificou dizendo que não recebeu a notificação, mas isso não versa; porque o novo encontro ficou agendado na última audiência. Quero falar aos trabalhadores que o sindicato não desistiu e vai continuar na luta. E, que se Deus quiser, quando sair essa diferença salarial será com retroativo. Nós também não vamos abrir mão de juros e multas que a categoria tem direito”, frisou.
O presidente do Sindehotéis destacou que foi agendada uma nova audiência para a próxima terça-feira (18). “Esperamos que eles compareçam dessa vez. Caso a gente não chegue num entendimento, vamos buscar o dissídio, para ver se lá na frente repomos o que estamos perdendo nesse momento. O trabalhador vai ser informado. Fizemos uma assembleia, recentemente, e os trabalhadores aceitaram apenas a reposição inflacionária, mas mesmo assim o patrão não cedeu. Não vamos admitir nenhum reajuste indecente à categoria”, pontuou.
